quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Cartilha ensina como mulher pode evitar feto sem cérebro na gravidez.

Uma cartilha destinada a todas as mulheres do país que pretendem engravidar e outra para os médicos que devem orientar as pacientes são lançadas nesta quinta-feira (30) pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), durante congresso em São Paulo. O texto foi baseado em uma orientação do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA. O objetivo é destacar a importância de as mulheres tomarem suplemento de ácido fólico para evitar até 75% das malformações no tubo neural do feto, como anencefalia – quando o bebê não tem cérebro – e espinha bífida – quando a coluna vertebral não se fecha por completo e a medula fica exposta para fora do corpo. Outro defeito menos comum é a encefalocele, em que a abertura do tubo neural acontece no crânio, deixando uma protuberância na cabeça com líquido e massa cerebral.
Em abril, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por oito votos a dois, que abortar um feto sem cérebro não é crime. A partir daí, a Febrasgo decidiu levantar o tema, na tentativa de impedir que um feto anencéfalo chegue a se formar. Para isso, a entidade propõe que os ginecologistas falem sobre o assunto em qualquer consulta de rotina, como o papanicolaou. Cerca de 3 milhões de folhetos devem ser distribuídos nos consultórios brasileiros.
Segundo o presidente da Comissão de Medicina Fetal da federação, Eduardo da Fonseca, é recomendado que a paciente faça, com supervisão médica, uma suplementação oral de 400 microgramas de ácido fólico por dia, pelo menos um mês antes da gestação e durante os três primeiros meses. Com o objetivo de fixar esse compromisso na cabeça da mulher, alguns ginecologistas já indicam o composto três meses antes.
"A formação do sistema nervoso central do feto ocorre nas primeiras quatro a seis semanas. Então, quando a mulher descobre que está grávida, o cérebro do bebê já está estruturado. A maioria das pacientes chega ao consultório com dois meses", destaca Fonseca.
O médico diz que 58% das brasileiras ainda não planejam a gravidez e, entre as futuras mães que se programam, apenas 10% ingerem ácido fólico, também chamado de vitamina B9. Dessa pequena parcela, só 4% tomam os comprimidos na dosagem correta. Além da forma sintética, que na opinião dos médicos é mais bem aproveitada pelo organismo, o ácido fólico é encontrado na natureza – em alimentos como milho, trigo, folhas escuras, feijões, fígado, gema de ovo, laranja, abóbora e pêssego – e enriquecido desde 2004 em pães e outros produtos à base de farinha, cuja lei no país também prevê adição de ferro para prevenir anemia. "Essa substância consumida naturalmente é mal absorvida: apenas 50% dela age no corpo. E, com a vida moderna, a mulher acaba não conseguindo obter isso apenas pela dieta", diz o presidente da comissão da Febrasgo.Fonte: Bem Estar. 

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