As mudanças aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) para o Ensino Médio, que preveem um modelo de currículo dividido em áreas – ciência, tecnologia, cultura e trabalho – devem causar um efeito cascata, culminando com modificações profundas no vestibular. O novo Ensino Médio visa a uma formação para o mercado de trabalho, enquanto a avaliação da maioria dos vestibulares prioriza o currículo do conteúdo completo, avaliam especialistas.
Na prática, a escola que quiser aderir ao projeto vai poder optar por uma das quatro áreas de atuação: ciência, tecnologia, cultura e trabalho. Cada escola escolherá sua vocação, por meio do “diálogo” entre corpo docente, alunos, redes de ensino e as comunidades locais.
Em cada área, algumas disciplinas serão mais destacadas do que outras. Na escola cultural, por exemplo, conteúdos como história, geografia e literatura terão mais ênfase. Já disciplinas como matemática, física e química serão abordadas de uma forma que faça sentido para uma formação de cultura.
O psicopedagogo, jornalista e pesquisador da área educacional da Universidade Federal Fluminense, Eugênio Cunha, afirma que a mudança é o primeiro passo no longo caminho para melhorar a realidade do ensino no Brasil. Mas também destaca que não adianta preparar o aluno para o mercado de trabalho na escola e depois o submeter a uma prova de pura “decoreba”, que vai definir se ele ingressa ou não na universidade.
Ramos, presidente do movimento Todos pela Educação, concorda e fala que as universidades devem começar a considerar uma modificação no seu tipo de avaliação. “O tipo de prova do Enem está muito bem casada com as mudanças no Ensino Médio. Os dois juntos funcionam”, afirma.
Fonte: Uol.
0 comentários:
Postar um comentário
Muito obrigado, seu comentário é muito importante para nós. Pois no nosso blog você tem voz.